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MAPA proíbe o uso de tilosina, lincomicina e tiamulina como aditivos promotores de crescimento

O Diário Oficial da União de 23 de Janeiro de 2020, traz a instrução normativa no. 1 de 13 de Janeiro na qual o MAPA proíbe em todo território nacional a importação, a fabricação, a comercialização e o uso de melhoradores de desempenho que contenham os antimicrobianos tilosina, lincomicina e tiamulina, moléculas classificadas como importantes na medicina humana.

Há uma crescente preocupação do uso indiscriminado de antibióticos na produção animal, sobretudo aqueles usados como melhoradores de desempenho ou o que popularmente se conhece como promotores de crescimento. Esta preocupação torna-se ainda maior quando a base em questão tem seu uso também em medicina humana. Assim, aumenta-se o risco de seleção de bactérias resistentes a estas bases e, como consequência, estes microrganismos podem tornar-se ameaça à saúde humana e à saúde animal.

Das bases proibidas recentemente pelo MAPA, a tilosina é utilizada em suínos de maneira preventiva à ileíte por Lawsonia intracellularis. Em aves há indicações para prevenção de doença respiratória crônica por Mycoplasma spp. e enterite necrótica por Clostridium perfringens. Ainda, a tilosina é usada em ruminantes, como preventivo de abscesso hepático.

A base lincomicina também tem indicação de prevenção e tratamento de enterite necrótica por Clostridium perfringens em aves. Para suínos seu uso é como preventivo e tratamento de pneumonia por Mycoplasma hyopneumoniae e disenteria por Serpulina hyodisinteriae.

Por fim, a terceira base que teve seu uso proibido pelo MPA como melhorador de desempenho foi a tiamulina, que é usada como controle de doença entérica e pneumonia enzoótica em suínos e por Mycoplasma sp. em matrizes de frangos de corte.

Alternativas naturais ao uso de antimicrobianos como melhoradores de desempenho

Existem muitos produtos naturais que podem ser usados como alternativa aos antimicrobianos usados na produção animal como melhoradores de desempenho. Tais como: Probióticos, prébioticos e outros derivados de leveduras, óleos essenciais, extratos herbais, enfim muitos produtos de distintas empresas. Obviamente sempre há que se destacar que os produtos cientificamente provados devem ser aqueles de eleição quando se busca estas alternativas.

Dentre os probióticos destaca-se a levedura viva da Lallemand com marcante efeito intestinal, chamada Levucell® SB (Saccharomyces boulardii CNCM I-1079). Este produto contém dezenas de publicações científicas elucidando seu modo de ação, bem como demonstrando seu efeito benéfico na produção de suínos e aves.

Seu modo de ação ocorre de três maneiras distintas:

  • Aderência de patógenos Salmonella flagelados ( coli e sp.) à parede desta levedura viva;
  • Neutralização de toxina (por produção de uma protease) de Clostridium;
  • Estímulo e maturação da mucosa intestinal.

Graças a seu modo de ação e desempenho comprovado em ensaios zootécnicos, o Levucell® SB recebeu em 2017 opinião favorável da EFSA (European Food Safety Authority) – entidade europeia que regulamenta e aprova aditivos nutricionais – como o único aditivo probiótico que auxilia na redução da contaminação de carcaça e ceco de aves de corte por Salmonella sp. quando usado na ração dos animais. Em face a esta autorização, o MAPA, no Brasil também autorizou de maneira inédita a alegação funcional do Levucell® SB para “Redução da contaminação de carcaças de frango e outras aves de corte por Salmonella sp.”.

Em suma, cada vez mais haverá pressão na redução do uso de antibióticos como melhoradores de desempenho/promotores de crescimento. Já existem no mercado nacional alternativas naturais a estes antibióticos que foram proibidos pelo MAPA, tal como Levucell® SB que promove o equilíbrio da microbiota intestinal, promovendo saúde e desempenho.

Lucas Mari – Gerente de Suporte Técnico para América do Sul – Lallemand Animal Nutrition. Email: ljmari@lallemand.com

Published Feb 14, 2020 | Updated Jun 1, 2023

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